Do meta-medo (Do casulo)
Volta e fecha-se. Não há que chegue para si, quanto mais para os outros. Responde por monossílabos, não por falta de educação, mas porque as palavras parecem longínquas, inacessíveis, distantes. E por isso volta-se para si e fecha-se, despojando-se de artefactos.
Há alturas em que paralisa de medo. Algo que vem de dentro e faz querer fechar os olhos.
Mas, descobre, quando a água corre forte, pressionante, quente no duche, que é mais do que medo:
É ter medo do medo.
É ter medo de ter medo de viver.
É medo de ter medo de morrer.
É medo de ter medo de andar de olhos bem abertos, cabeça levantada e pescoço erguido.
Medo do medo de olhar os outros de frente.
Ter medo do medo é ainda mais incapacitante do que o medo original. Porque reflecte consciência e responsabilidade do que é preciso saber para se viver: viver e aceitar a parte do medo e, ainda assim, andar em frente.
Viver e não ter medo do medo de (não) viver.
Há alturas em que paralisa de medo. Algo que vem de dentro e faz querer fechar os olhos.
Mas, descobre, quando a água corre forte, pressionante, quente no duche, que é mais do que medo:
É ter medo do medo.
É ter medo de ter medo de viver.
É medo de ter medo de morrer.
É medo de ter medo de andar de olhos bem abertos, cabeça levantada e pescoço erguido.
Medo do medo de olhar os outros de frente.
Ter medo do medo é ainda mais incapacitante do que o medo original. Porque reflecte consciência e responsabilidade do que é preciso saber para se viver: viver e aceitar a parte do medo e, ainda assim, andar em frente.
Viver e não ter medo do medo de (não) viver.
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