Da Lusitânia #1
Portugal assiste ao recorde de reformas por minuto. Algumas delas absolutamente necessárias, outras mais operação de cosmética do que outra coisa.
Ontem, Mário Lino (Ministro das Obras Públicas) apresentou um projecto que, a ser exequível, não só vai moralizar o sector de gestão de empresas públicas, como o irá tornar mais eficiente. Os salários dos gestores de empresas públicas (CP, Carris, Tap, só para mencionar algumas) são principescamente pagos apesar destas empresas acumularem défices gigantescos algumas delas há mais de 10 anos. Para além de salários quase pornográficos (muito e muito superiores ao chefe máximo do Estado, o Presidente da República), são alvos de benesses no que diz respeito a pensões a la Banco de Portugal (vide caso Mira Amaral). Isto, repito, apesar dos buracos gigantescos nos seus relatórios e contas. Vai daí o Ministro coloca sobre a mesa contratos por objectivos. É bem. Eles agora que se desunhem, porque com a excepção do Fernando Pinto, administrador da TAP, nenhum deles parece merecedor de tais regalias. Como é que a CP, sem concorrência em Portugal, consegue ter um défice monstruoso? Não compreendo.
Por sua vez, Vieira da Silva (Ministro da Segurança Social), apanha o touro pelos cornos e começou a cortar a eito na Adminstração Pública, o que só por si é sinal que é corajoso (ou então o gajo é suicida). Mais tarde ou mais cedo, teria que mexer nas reformas. E fê-lo com uma assumpção básica: não podemos conceber o mesmo modelo de estado providência, quando a esperança média de vida subiu claramente nas últimas décadas. Por isso, logicamente, faz sentido prolongar a carreira contributiva dos cidadãos.
Antecipo, no entanto, alguns problemas: desde já, o patronato, já veio dar a entender que não quer trabalhadores velhos. Velhos? Mas e os grandes administradores, que idade têm? Fernando Ulrich, Jardim Gonçalves, Belmiro Azevedo, terão eles 40 anos? E será que não há vantagens em ter trabalhadores com 65 anos? Será que esta gente nunca ouviu falar de business angels? Será que uma pessoa de 65 anos, agora com os filhos crescidos e criados, não poderá dedicar-se mais ao seu trabalho, para além da optimização de competências de uma história profissional de várias décadas? É facilitismo, é o que é. Porque custa muito dar formação, não é verdade? Porque preferem os meninos saídos da Universidade, que trabalham muitas horas por pouco dinheiro (porque 750€ para 1º emprego já é um luxo!), sem responsabilidades familiares nem preocupações de ir buscar os meninos ao ATL antes das 19h...
Só na Lusitânia...
Ontem, Mário Lino (Ministro das Obras Públicas) apresentou um projecto que, a ser exequível, não só vai moralizar o sector de gestão de empresas públicas, como o irá tornar mais eficiente. Os salários dos gestores de empresas públicas (CP, Carris, Tap, só para mencionar algumas) são principescamente pagos apesar destas empresas acumularem défices gigantescos algumas delas há mais de 10 anos. Para além de salários quase pornográficos (muito e muito superiores ao chefe máximo do Estado, o Presidente da República), são alvos de benesses no que diz respeito a pensões a la Banco de Portugal (vide caso Mira Amaral). Isto, repito, apesar dos buracos gigantescos nos seus relatórios e contas. Vai daí o Ministro coloca sobre a mesa contratos por objectivos. É bem. Eles agora que se desunhem, porque com a excepção do Fernando Pinto, administrador da TAP, nenhum deles parece merecedor de tais regalias. Como é que a CP, sem concorrência em Portugal, consegue ter um défice monstruoso? Não compreendo.
Por sua vez, Vieira da Silva (Ministro da Segurança Social), apanha o touro pelos cornos e começou a cortar a eito na Adminstração Pública, o que só por si é sinal que é corajoso (ou então o gajo é suicida). Mais tarde ou mais cedo, teria que mexer nas reformas. E fê-lo com uma assumpção básica: não podemos conceber o mesmo modelo de estado providência, quando a esperança média de vida subiu claramente nas últimas décadas. Por isso, logicamente, faz sentido prolongar a carreira contributiva dos cidadãos.
Antecipo, no entanto, alguns problemas: desde já, o patronato, já veio dar a entender que não quer trabalhadores velhos. Velhos? Mas e os grandes administradores, que idade têm? Fernando Ulrich, Jardim Gonçalves, Belmiro Azevedo, terão eles 40 anos? E será que não há vantagens em ter trabalhadores com 65 anos? Será que esta gente nunca ouviu falar de business angels? Será que uma pessoa de 65 anos, agora com os filhos crescidos e criados, não poderá dedicar-se mais ao seu trabalho, para além da optimização de competências de uma história profissional de várias décadas? É facilitismo, é o que é. Porque custa muito dar formação, não é verdade? Porque preferem os meninos saídos da Universidade, que trabalham muitas horas por pouco dinheiro (porque 750€ para 1º emprego já é um luxo!), sem responsabilidades familiares nem preocupações de ir buscar os meninos ao ATL antes das 19h...
Só na Lusitânia...
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