Monday, January 16, 2006

Fast-Forward/Fast Food


De um amor morto fica
um pesado tempo quotidiano
onde os gestos se esbarram
ao longo do ano
De um amor morto não fica
nenhuma memória
o passado se rende
o presente o devora
e os navios do tempo
agudos e lentos
o levam embora
Pois um amor morto não deixa
em nós seu retrato
de infinita demora
é apenas um facto
que a eternidade ignora
Sophia Mello Breyner Andresen De um amor Morto
Geografia

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

?!!!!direitos de imagem?!!!

4:58 AM  

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