"Look at your young men dying" (Syriana ou Pax Syriana)
Não existindo confirmações oficiais do porquê do nome deste filme, há quem diga que Syriana é uma síntese do termo Pax Syriana, referindo-se ao pacto político de paz e cooperação entre os Estados Unidos e a Síria. Ora, é a exploração das dimensões associadas a este pacto (já abordadas por Michael Moore em Fahrenheit 9/11) e as suas implicações geo-políticas que constituem o veio principal deste filme.
Do ponto de vista do casting, talvez fosse difícil ser mais rico: George Clooney (uma visão assustadora deste homem com mais 20 kilos em cima e uma barba muito pouco interessante, que lhe mascara o sorriso fatale), Matt Damon, William Hurt e Christopher Plummer corporizam personagens ricas e realistas, evitando a lógica dicotómica dos bons vs. maus (como seria fácil transformar a personagem de Damon, Bryan Woodman - um consultor energético - num combatente do mundo após a perda do filho, optando antes por prostitui-lo aos interesses relacionados com o petróleo).
Há muito para se dizer acerca das reflexões deste filme, mas ficam aqui as 2 que mais me martelaram a cabecinha:
1) a descida do preço do barril de petróleo não interessa mesmo a ninguém, a não ser ao cidadão comum - aquele que tem menos poder neste jogo de influências;
2) muito se fala da evangelização de crianças e jovens muçulmanos, incitando-os à jihad e ao combate dos infieis, fazendo-se explodir em atentados bombistas. Na realidade, é muito simples. Limitam-se a aproveitar o estado de miséria em que esta gente vive, criando terreno fértil para a repetição de ideias como "não é possível a separação entre estado e religião", alimentando facilmente ódios contra "O Ocidente". Agora, até que ponto é que isto é muito diferente do recrutamento que é feito nos Estados Unidos para a carreira militar? Os rapazinhos que dão a vida no Iraque e no Afeganistão são, geralmente, provenientes de bairros em que as perspectivas de vida são: junta-te a um gang e morre novo de uzi na mão numa rixa entre gangs ou junta-te aos militares. Bottom-line: "os muçulmanos", esses bárbaros, usam a mesma estratégia que "os ocidentais", esses detentores dos valores morais e da urbanidade.
E, por fim, uma citação do filme que explica bem a causa das coisas:
"Corruption charges. Corruption? Corruption ain't nothing more than government intrusion into market efficiencies in the form of regulation. That's Milton Friedman. He got a goddamn Nobel Prize. We have laws against it precisely so we can get away with it. Corruption is our protection. Corruption is what keeps us safe and warm. (...) Corruption... is why we win."
Do ponto de vista do casting, talvez fosse difícil ser mais rico: George Clooney (uma visão assustadora deste homem com mais 20 kilos em cima e uma barba muito pouco interessante, que lhe mascara o sorriso fatale), Matt Damon, William Hurt e Christopher Plummer corporizam personagens ricas e realistas, evitando a lógica dicotómica dos bons vs. maus (como seria fácil transformar a personagem de Damon, Bryan Woodman - um consultor energético - num combatente do mundo após a perda do filho, optando antes por prostitui-lo aos interesses relacionados com o petróleo).
Há muito para se dizer acerca das reflexões deste filme, mas ficam aqui as 2 que mais me martelaram a cabecinha:
1) a descida do preço do barril de petróleo não interessa mesmo a ninguém, a não ser ao cidadão comum - aquele que tem menos poder neste jogo de influências;
2) muito se fala da evangelização de crianças e jovens muçulmanos, incitando-os à jihad e ao combate dos infieis, fazendo-se explodir em atentados bombistas. Na realidade, é muito simples. Limitam-se a aproveitar o estado de miséria em que esta gente vive, criando terreno fértil para a repetição de ideias como "não é possível a separação entre estado e religião", alimentando facilmente ódios contra "O Ocidente". Agora, até que ponto é que isto é muito diferente do recrutamento que é feito nos Estados Unidos para a carreira militar? Os rapazinhos que dão a vida no Iraque e no Afeganistão são, geralmente, provenientes de bairros em que as perspectivas de vida são: junta-te a um gang e morre novo de uzi na mão numa rixa entre gangs ou junta-te aos militares. Bottom-line: "os muçulmanos", esses bárbaros, usam a mesma estratégia que "os ocidentais", esses detentores dos valores morais e da urbanidade.
E, por fim, uma citação do filme que explica bem a causa das coisas:
"Corruption charges. Corruption? Corruption ain't nothing more than government intrusion into market efficiencies in the form of regulation. That's Milton Friedman. He got a goddamn Nobel Prize. We have laws against it precisely so we can get away with it. Corruption is our protection. Corruption is what keeps us safe and warm. (...) Corruption... is why we win."
2 Comments:
Mas o melhor do filme foi a companhia não achas? :D
o melhor melhor, não diria :) seja bem vindo à blogosfera, stôr!
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