Monday, July 17, 2006

In the arms of the angel...1992-2006

O céu tem agora uma nova estrela.
Uma que brilha directo sobre os lugares onde sempre esteve, onde me recebeu com aquele olhar com o qual só ele sabia receber-me. Um olhar de aceitação incondicional. Não interessava como estava, dele só recebia tudo o que ele tinha para dar.

Foi uma lição de amor incontestado.

Nem vou perguntar-me onde estarás, porque alguém como tu só pode estar onde fica quem brilha na vida como tu o fizeste.

Consola-me apenas ter feito tudo o que era humanamente possível por ti, pela tua vida. E até no momento de dizer adeus, foste um herói, poupando-me a uma tomada de decisão que tem tanto de amor pleno como de dilacerante.

E eu só tenho de olhar para o céu, cada vez que este vazio se instalar quando não conseguir vislumbrar o teu movimento, a tua matéria.

O céu tem uma nova estrela e que brilha mais do que todas as outras. E o nome é Mozart.

You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there
Sarah McLachlan - Angel

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Dear Fiona,
Impossível esquecer... É um amor incondicional.
Dói o coração, apertam as saudades mas as lembranças do nosso mais fiel amigo servem de algum consolo.
Certamente, o Mozart agradece-te a vida feliz que lhe proporcionaste. Por isso brilha tanto pra ti...
beijinho,

Jackie

10:36 AM  
Blogger fiona bacana said...

Para te responder, Jackie, só com as palavras que não estão ao meu alcance:

«Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos (…)

Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.»

(…)

«E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre.»

Miguel Sousa Tavares "Não te deixarei morrer David Crockett"

E das poucas palavras que estão, ainda assim, ao meu alcance: Obrigada, jackie, é uma palavra demasiado pequena. Mas é a única que consigo dizer-te. Perdoa-me a inaptidão.

8:26 AM  

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