Universidade do Porto - 1 Resto do País - 0
Enquanto a maior parte das Universidades públicas, no âmbito de Bolonha, adoptaram a fórmula 3+2 (em que o 1º ciclo, de 3 anos, serve - na maior parte dos casos - para o exercício profissional), a Universidade do Porto foi a única que apostou no chamado "0+5" (mestrados integrados).
As outras Universidades, públicas e privadas, abriram a boca de espanto. Sobretudo porque a maior parte das privadas optaram pelo marketing "anda fazer uma licenciatura só com 3 anos!".
Eu disse: se a maior Universidade do País (+ de 25 mil alunos) aposta numa coisa dessas, é porque tem garantias para o fazer.
Altas patentes disseram: é uma aposta muito, muito arriscada. Embrulharam a coisa com um sorriso em forma de neon: oxalá se f****.
E eu disse para comigo: eles sabem o que estão a fazer. E quem se vai f**** são vocês.
E pronto, aí está o resultado. Uma das razões pelas quais o Ministro do Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia do Governo PSD, David Justino, tanto queria Bolonha era para que o Estado apenas financiasse o grau mínimo necessário para o exercício da profissão, gastando menos. Por exemplo, no caso do 3+2, o Estado apenas comparticiparia os primeiros 3 anos.
O Governo mudou mas o planeado não mudou na sua globalidade (mais flexibilidade, apesar de tudo).
Ora, uma vez que nos cursos 0+5, o nível mínimo é o mestrado, o Estado tem de pagar os 5 anos.
Bem jogado, hein?
As outras Universidades, públicas e privadas, abriram a boca de espanto. Sobretudo porque a maior parte das privadas optaram pelo marketing "anda fazer uma licenciatura só com 3 anos!".
Eu disse: se a maior Universidade do País (+ de 25 mil alunos) aposta numa coisa dessas, é porque tem garantias para o fazer.
Altas patentes disseram: é uma aposta muito, muito arriscada. Embrulharam a coisa com um sorriso em forma de neon: oxalá se f****.
E eu disse para comigo: eles sabem o que estão a fazer. E quem se vai f**** são vocês.
E pronto, aí está o resultado. Uma das razões pelas quais o Ministro do Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia do Governo PSD, David Justino, tanto queria Bolonha era para que o Estado apenas financiasse o grau mínimo necessário para o exercício da profissão, gastando menos. Por exemplo, no caso do 3+2, o Estado apenas comparticiparia os primeiros 3 anos.
O Governo mudou mas o planeado não mudou na sua globalidade (mais flexibilidade, apesar de tudo).
Ora, uma vez que nos cursos 0+5, o nível mínimo é o mestrado, o Estado tem de pagar os 5 anos.
Bem jogado, hein?
4 Comments:
Quem ri por último....
Gostei ;)
Não sei se sim. Apenas porque, tirando essa parte do financiamento, as pessoas têm direito a escolher o que querem, se só 3(e depois +2) ou o 0+5. Claro que em relação ao financiamento foi óptimo...
Bonifaceo, o direito a escolher é sempre bom, e esta história do 3+2 tem outro grande benefício. É que há mta gente que escolhe 1 curso como um fim em si mesmo (vê-se isso no Direito, q é 1 formação mto abrangente e q n encaixa necessariamente na advocacia ou magistratura) e então agora fica mais facilitada aquela coisa do ver o curso como conhecimento, sem necessidade implícita de o exercer profissionalmente. Aquela coisa q se vê sobretudo nos países do norte da europa, em que é normativo um aluno fazer 3 anos de Filosofia, depois + dois em Recursos Humanos e dps um MBA.
Agora, para efeitos do financiamento do Estado para a Acção Social, este 3+2 vai prejudicar os alunos. Só têm direito a "bolsa" nos 3 1ºs anos...Daí a vantagem do 0+5.
E falta ver como o mercado vai reagir a licenciados com 3 anos...
às vezes, lowprofile, às vezes...desta vez correu bem!
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