Friday, February 24, 2006

"So fine" (Fiona Bacana recomenda)


Truman Capote, argumentista norte-americano. Depois de Breakfast at Tifanny's, siderado pela fama granjeada e dono de uma portentosa atracção pelo abismo, resolve confabular sobre um assassinato em série de uma família no Kansas (para escrever In cold blood).

Mais do que evidenciar contrastes entre as américas (NY e Kansas são mesmo "países" diferentes), é uma viagem ao mundo de Truman Capote, onde a manipulação, os labirintos inenarráveis da profundeza do self são um festim psicológico.

Philip Seymour Hoffman, o actor que desempenha o papel de Capote, que participou em "Boogie Nights", "O Talentoso Mr. Ripley"e "Cold Montain" de forma subtil, assume neste filme a ascensão a um outro nível. Com ou sem nomeação para o Óscar.

"I bought me an illusion and I've put it on the wall" ("i let it fill my head with dreams and I had to have them all")*

«Ele olhou para a cama. Para ti, nada senão uma pedra inocente: tu tinhas escolhido. (...)
Não me deste a paz; mas porque havia eu de querer a paz? Tu deste-me a coragem de aceitar para sempre o risco e a angústia, de suportar os meus crimes e o remorso que sem fim me há-de dilacerar. Não há outro caminho. »

Simone de Beauvoir, O Sangue dos Outros

* Locomotive, Use your Illusion II

Thursday, February 23, 2006

"You can't trust freedom when it's not in your hands"

Wednesday, February 22, 2006

"Right next door to Hell" (*)

É assim o dia de hoje:
um abcesso nos dentes (o segundo em toda a vida) e a declaração de IRS.


(*) ou porque todos os posts daqui para a frente e até 27/Maio serão de letras dos GN'Roses

Tuesday, February 21, 2006

"I've worked too hard for my illusions just to throw them all way"


Estava eu descansada por não me deixar afectar pela publicidade ao Rock in Rio Lisboa 2006, quando vejo uma nota de rodapé:

Guns n' Roses confirmam participação no Rock in Rio

E tudo se alterou. É uma espécie de chamamento, algo que faz inevitavelmente sentido.

Mais sentido faz porque me sinto a comparecer a um qualquer reencontro existencial. Para o mal e para o bem, as músicas, as letras e as atitudes (muitas delas condenáveis, bem sei) marcaram-me de forma indelével, estrutural, inquestionável.

Hoje pouco resta dos Guns n' Roses: Steven Adler foi despedido logo após o 3º album, GN'R Lies, por ser incapaz de suster as consequências do seu consumo de drogas (algo que todos os outros faziam); Izzy Stradlin' (o rapazinho que veio com Axl de Indiana e que o acompanhou neste percurso ragz to richez) abandonou a banda por não concordar com o monopólio de tomada de decisão por parte de Axl, logo após as gravações de Use Your Illusion I e II. Restaram Slash e Duff Mckagan da formação original que, após anos e anos a dar o desconto a Axl, romperam definitivamente em 2001.

Portanto: dos Guns n' Roses que me viraram a vida, pouco resta. E nas poucas aparições públicas de Axl desde 2001, está visto que o lítio não segura todas as pontas. Prova evidente é que o album Chinese Democracy (com o fabuloso "Madagascar" - num e-mule perto de si) ainda não saiu oficialmente desde...2001.

Dir-se-á, então: Axl Rose (William Bailey de nascimento) deu cabo de tudo. Talvez. Mas a verdade é que de Steven Adler nunca mais se ouviu falar, assim como de Izzy Stradlin e Gilby Clarke (substituto de Izzy). Slash e Duff formaram, juntamente com Matt Sorum (também ele ex-GN'R), os Velvet Revolver, um decalque actualizado do que já foi a banda original que os juntou. Os maneirismos de Scott Weiland não são mais do que uma cópia falível da postura de Axl Rose em palco.

Portanto, é, efectivamente, uma pena que esta gente não se tenha conseguido manter junta, porque tanto os Velvet Revolver como o que resta dos GN'Roses não chegam sequer ao pé do que já foi a banda original.

E, assim sendo, não tenho dúvidas que vou ao Rock in Rio ver o que resta da banda que me mudou a vida, a minha concepção do mundo e aquilo que queria para mim própria. E, tal como em 2 Julho de 1992 (Alvalade), estarei presente como que a responder ao reencontro existencial.

Thursday, February 16, 2006

Outro naco existencial em perspectiva

Insen
Alva Noto + Ryuichi Sakamoto
13 de Junho - Coliseu de Lisboa

Insen é um espectáculo que resulta da colaboração entre Carsten Nicolai (Alva Noto) e Ryuichi Sakamoto, que juntos criaram uma nova sinergia entre o piano acústico e a música electrónica.
Dois dos mais aclamados álbuns na área da electrónica, Vrioon (2003) e Insen (2005), resultaram da colaboração entre Alva Noto e Sakamoto. Nestes dois álbuns juntam-se duas gerações que têm o ponto comum na ideia da música electrónica como inspiração para criar novas estruturas musicais.
Belos, precisos, mas incrivelmente simples, os dois álbuns alcançam um efeito máximo através do recurso a técnicas minimais. A ligação entre o piano, a electrónica e a subtil contribuição de Nicolai ao nível dos ritmos e das texturas, criou um forte efeito impressionista.
A versão ao vivo desta colaboração, começou a actuar em concertos pela Europa em Outubro de 2005, como um conceito multimédia, que alia a música a um hipnotismo visual, conseguido através de representações gráficas do som, em tempo real.

Elogio do Dia

«Are you really Portuguese? You don't look like a portuguese at all!»

Bem, vocês nem imaginam o bem que me soube. É triste mas é verdade. Cada vez me sinto menos portuguesa.

O que vale...


...é que a música tem esta capacidade de nos entrar pela vida dentro e, mais do que explicar, dá-nos palavras que iluminam o caminho quando ele parece sinuoso e excessivamente "bifurcado". Não há decisão a tomar quando não há outro caminho (mesmo que eles pareçam vários e multiplicados), ilusão de óptica pela visão toldada do "há pelo menos sempre 4 pessoas numa cama".

«When your mind is a mess so is mine
I cant sleep 'cause it hurts when I think
My thoughts aren't at peace
With the plans that we make,
Chances we take
They're not yours and not mine
There's waves that can break

(...)

And know that if I knew all of the answers
I would not hold them from you
You'd know all the things that i'd know
We told each other, there is no other way

(...)

We don't really need to find reason
'Cause out the same door that it came well its leaving

We told each other, there is no other way - there is no other way.»

Jack Johnson "No other way" (In Between Days)

(madame paulina, afinal tinhas razão em relação a mr. jack!muito boa praia...)

Wednesday, February 15, 2006

Final de processo

Psyché - Mitologia Grega

Sabes, eu não sei tanto como tu pensas.
Não sou um misto de oráculo e sapiência quotidiana.
Só te pareço uma tábua de salvação, porque é estratégia da minha parte. Construir-te em paralelo ao mundo, para que lá vivas. E como o conseguiste, perguntas-me, agora, como vais viver, sem estares comigo.

Digo-te que é normal que assim sintas (sinónimo de que o meu trabalho foi bem feito), todos os psicoterapeutas de Freud a Jung, passando por Klein e Rogers, acabando no Mahoney e no Guidano, falaram nisso.

"A si não lhe deve custar, já deve estar habituada, não é, Drª?"

Não é rigorasamente assim. Há alguns que custam mais do que outros. Algumas vezes (talvez mais do que gostaria) ainda penso nos casos mais complicados que tive, e mesmo fazendo o follow-up by the book, ainda me pergunto como estarão.

Rapidamente desestruturei a ideia do psicoterapeuta como alguém inócuo, absolutamente neutral, o sorriso estratégico e absolutamente controlado, com fronteiras invioláveis. Nem acho que ser assim é a melhor forma de exercer a profissão...de fé. Podemos ser estratégicos, sem ser exclusivamente estratégia; podemos ser controlados sem ser exclusivamente controlo.

E sim, também eu vou sentir a falta de te ver crescer. Sei relativizar, porque este é o meu estilo de psicoterapia. Fazer parte da vossa vida para, progressivamente, sair de cena.

E hoje saí de cena.

Tuesday, February 14, 2006

Today's Mindset - "Enfim duma escolha faz-se um desafio" (Sérgio Godinho)

Rabi Kahn - World Outside

A princípio é simples anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida


Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito

entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que leva a peito
bebe-se come-se e alguém nos diz bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vem cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...

Sérgio Godinho - "Pano Crú" (1976)

Monday, February 13, 2006

Rititi says

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não
esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da
própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


Fernando Pessoa

Friday, February 10, 2006

E mai nada!


«A Dinamarca não tem petróleo, mas é um dos países mais civilizados do mundo: tem um verdadeiro Estado Social, uma sociedade aberta que pratica a igualdade de direitos a todos os níveis, respeita todas as crenças, protege todas as minorias, defende o cidadão contra os abusos do Estado e a liberdade contra os poderosos, socorre os doentes e os velhos, ajuda os desfavorecidos, acolhe os exilados, repudia as mordomias do poder, cobra impostos a todos os ricos, sem excepção, e distribui pelos pobres. A Arábia Saudita tem petróleo e pouco mais: é um país onde as mulheres estão excluídas dos direitos, onde a lei e o Estado se confundem com a religião, onde uma oligarquia corrupta e ostentatória divide entre si o grosso das receitas do petróleo, onde uma polícia de costumes varre as ruas em busca de sinais de «imoralidade» privada, onde os condenados são enforcados em praça pública, os ladrões decepados e as «adúlteras» apedrejadas em nome de um código moral escrito há quase seiscentos anos. E a Dinamarca tem de pedir desculpas à Arábia Saudita por ser como é e por acreditar nos valores em que acredita?»

Miguel Sousa Tavares, in Expresso

"Hopeful Skeptic" (*)

«Mas não durmo. Sento-me. Levanto-me. Acendo a luz. Apago a luz. Ajoelho-me.
"Que eu morra sem dores, de um momento para o outro, quando estiver distraída. Que eu não saiba o momento certo. Que eu não perceba nada até tudo já ter acontecido e não haver mais nada para perceber. Que eu entre pura na outra vida, se ela existir. Não quero ter dúvidas. Quero entrar limpa e certa do que valho, meu Deus. Não quero ter dúvidas."»

Jacinto Lucas Pires - "Do Sol"(2004)

(*) Michael Mahoney

Where everybody knows your name (matilha get together)


É como regressar a casa. Pessoas que te reconhecem pelo teu passado, sabem o que fizeste nos últimos 10 anos da tua vida, quase um terço da existência total. Sabem, e debitam, as diferenças. Mesmo aquelas que não gostas de ouvir.

Tudo começa com "então como estás?". A resposta veio inusitadamente inspirada: "não sei, diz-me tu. O que achas?".

Acho-te diferente.

Um trago de vinho tinto.

Chegas aqui e não falas do que sabes, nem do que fazes, nem do que tens visto, e isso não é normal em ti.

Falas da minha viagem, das piadas do G., e de ti...nada.

O que queres que te diga?

Novo trago de vinho tinto.

Não sei o que possa acontecer quando começar a falar. Há coisas que ganham vida própria quando são verbalizadas. E o que fazer quando se abre a caixa de pandora?

Depois, uma questão prática: do que se fala quando se fala sobre o vazio?

Thursday, February 09, 2006

It's a beautiful world, but everyone's insane #3


Hesitei pronunciar-me sobre este assunto. Iniciei um post, deixei-o em draft, apaguei-o. Fi-lo porque tenho a exacta noção de que é um tema excessivamente complexo, que encerra questões históricas muitas das quais eu nem sequer tenho conhecimento (é o que dá quando a História tem milhares de anos), questões de sensibilidade cultural (que por vezes nem a maior das razoabilidades consegue apreender) e questões de bom senso institucional. Tenho, portanto, a consciência de que não sei tudo o que deveria saber sobre esta matéria.

Não consigo deixar de confirmar que o mundo todo insandeceu quando vejo embaixadas a serem queimadas, diplomatas que desempenham funções de observação internacional na Cisjordânia (portanto, em princípio, para serem testemunhas do sofrimento do povo palestiniano e comunicá-lo à comunidade internacional), ordens de líderes religiosos a oferecerem kilos de ouro por cada soldado norueguês, dinamarquês ou alemão morto(mas que raio têm os alemães a ver com isto?) , ameaças AO ESTADO DINAMARQUÊS...

E por muito sensível que possa ser aos argumentos da diferença religiosa e cultural, não consigo empatizar e muito menos considerar minimamente legítimo ou até compreensível toda esta reacção de uma franja (como está tão em voga chamar-lhe) do mundo islâmico.

Dou como inconcebível a criação de um livro cujo objectivo único parece o de achincalhar a cultura islâmica. Mas faz parte das regras da democracia: cada um toma as suas opções, mas num país livre, as consequências assumem-se e julgam-se, em última instância, NUMA COISA CHAMADA TRIBUNAL. Não se mobiliza uma zona do globo para ameaçar outra.

É esta a diferença entre "os europeus" e "os muçulmanos", com tudo o que esta generalização tem de abusivo. Os muçulmanos acham que é responsabilidade de um Estado o que um jornal (mais concretamente um pasquim de extrema direita) publica. E porque um Estado não persegue e não ameaça de morte o autor dessa publicação no jornal e o autor do livro, é conivente com uma humilhação de TODO o povo islâmico.

O que esses milhares de muçulmanos parecem esquecer, esses que queimam embaixadas e comissões permanentes, é que quando todos estes acontecimentos ocorrem passados 3/4 meses da data da publicação, não se trata de nada mais do que uma jogada política em que estas massas são manipuladas e alimentadas através de um ódio pré-existente. É uma pena, por exemplo, que a mocinha muçulmana que na passada 6ª feira, numa dessas manifestações, apelava à criação de um comité internacional que penalizasse os abusos do Ocidente em relação ao Médio Oriente, não pareça estar tão interessada em reflectir sobre o papel da mulher na cultura islâmica.

Ah, e já agora, é também uma pena que o Ministro dos Negócios Estrangeiros do país onde vivo, deduzo para os impostos e voto, não tenha uma palavra sequer de condenação desta espiral toda - ficando-se por um qualquer complexo de culpabilização histórica que em nada dignifica toda esta questão.

De bom fica apenas o exemplo do líder da comunidade islâmica na Dinamarca: eu vou tomar as minhas atitudes e aquilo que acho melhor. O estado da Dinamarca, se assim o entender, que me expulse.

É isso mesmo: eu faço aquilo que quiser, desde que entenda como regra do jogo o assumir das minhas consequências em democracia.

Wednesday, February 08, 2006

Today's Mind Set #2


Damien Rice - 'O' (2002)

"I remember"

i wanna hear what you have to say about me

hear if you're gonna live without me hear what you want

i remember december

and I wanna hear what you have to say about me

hear if you're gonna live without me

i wanna hear what you want

what the hell do you want?

Tuesday, February 07, 2006

O dia em que a palavra destino apaziguou

Cedo aprenderás que nem tudo está ao teu alcance, como te fizeram crer.

Há um dia em que a margem de manobra desvanece, quando o sonho, usado outrora como fuga, ganha contornos de pesadelo, pela sua inevitável inexequibilidade.

E então a tortura instala-se, porque sentes que foi tua a responsabilidade. Foi tua a responsabilidade dos dias passados assim, entre um passo e outro compasso.

Ensinaram-te a lutar, ferverosamente, contra os conformistas, os apaziguados, os parcamente iluminados pela tontura da vida.

Pois é.

Agora lutas contigo próprio. Cinicamente, porque parece que há um pedaço de ti que sempre desconfiou que seria esta a inusitada resolução. E achas-te incapaz, incompetente, insolente.

E olhas à volta, e os parcamente iluminados pela tontura da vida, são quem sorri mais do que tu.

E tu baixas a cabeça.

Baixa, baixa mesmo. Porque perdeste a batalha no dia em que usaste a palavra "destino" e foi o que te apaziguou.

Monday, February 06, 2006

Fazendo de "cada momento uma vida" - Speechless #2

Soubesse eu onde fica o lugar
Onde o riso ecoa em paredes de cor
Onde os olhos fitam as fronteiras invisíveis da vida
(e) Onde as mãos tocam as descobertas em fios de redenção
E saberia - ficaria para sempre lá.

Soubesse eu onde fica o lugar
Onde se morre para ter vida e se vive para amar e se ama para morrer
Onde se morre por se amar, só para a cada instante renascer
Onde se desafiam as fronteiras da vida a cada toque da alma que acorda
E saberia - ficaria para sempre lá.

Soubesse eu onde fica o lugar
Onde cada segundo traça o que separa a tragédia da comédia
Onde tudo muda a cada nascer e por-do-sol e em cada estação
Onde a cada hora do dia ou da noite há um combóio de gente que nos olha
- e olha de dentro para fora
E saberia - ficaria para sempre lá.

Não me perguntem o que é nem por que o procuro - porque não sei, ainda, onde fica.

Só sei que me sinto mais próxima desse lugar quando estou entre vós, para ser e estar onde fui - e sou - MAIS VIDA.

Thursday, February 02, 2006

Desperate Housewives - Missa #7

Bree Van der Kamp conta ao terapeuta conjugal, Dr. Goldfine, que vai ignorar todos os problemas com Rex Van der Kamp e ficar com ele.

Dr. Goldfine: Bree, how does this reconciliation have a chance if the two of you can't be honest about the innermost parts of your lives?
Bree: We're, um, WASPs, Dr. Goldfine. Not acknowledging the elephant in the room is what we do best.
Dr. Goldfine: You'd settle for that - a life filled with repression and denial?
Bree: And dinner parties. Don't forget the dinner parties.

Desperate Housewives - Missa #6


Yao Lin (empregada de Gabrielle Solis): I don't like lies.
Gabrielle: Yeah, well I don't like your ironing. So there!

Eis como me vejo daqui a uns bons anos



Cesar Millan, aka, The Dog Whisperer.

Wednesday, February 01, 2006

Black, Poor and Gay - Do mistério luso

O equivalente em Portugal é: mulher (7,4% de taxa de desemprego em 2003), entre os 15 e os 24 anos de idade (13,6% dos desempregados em 2003) e residentes no Alentejo (8,3% dos desempregados em 2003).

Em termos de desemprego, este é o perfil dos mais afectados.

Mas e então porquê? Se em Portugal só cerca de 20% têm o 12º ano de escolaridade concluído e as mulheres invadiram o Ensino Superior? Este é um dos mais intrigantes mistérios lusos...

Fonte: Associação Mulheres em Acção